O Fundador

Nosso fundador, o Padre Estêvão Modesto Glorieux, foi um sacerdote de grande sensibilidade social, um homem determinado com o ideal claro de ajudar o próximo. Por causa de seu trabalho em prol do pobre foi criticado, perseguido e caluniado.

Estêvão Modesto Glorieux, sacerdote belga de grande sensibilidade social, que se preocupou com a sorte dos pobres e desamparados.  Pelo fato de se ter empenhado tanto por eles e lhes ser tão próximo foi chamado de “Pai dos pobres”. Filho do casal, Etienne José Glorieux e Maria Rosa Buyssens.

Nasceu em 03 de maio de 1802, em Sint Denis, e faleceu em 25 de novembro de 1872 em Smetled, na Bélgica. Era o segundo filho, de um total de nove irmãos; cinco filhos e quatro filhas, das quais duas optaram pela Vida Religiosa, tornando-se freiras. 

Desde cedo despertou e cultivou o dom da vocação e o desejo de servir os pobres. Suas características marcantes foram de um homem inspirado pelo evangelho, partindo do contexto social de seu tempo foi decidido, inovador e empreendedor. Contribuiu com a transformação da sociedade e da justiça social através de métodos novos de ensino e instrumentalização para o mercado de trabalho. 

Glorieux acreditava que não era suficiente dar esmolas, precisava ir além disto. As famílias necessitavam serem preparadas para encarar a nova realidade e superar a miséria. Por causa de seu trabalho em prol do pobre, foi criticado, perseguido e caluniado. As críticas, os mal-entendidos tinham origem, inclusive, dentro da Igreja. Consideravam-no um padre fora dos padrões, um rebelde, um utópico. 

Viam com desconfiança sua atividade social e não gostavam de suas ideias no campo da vida religiosa, principalmente a ideia de que os irmãos deviam levar uma vida simples, cuidando do próprio sustento. Ele foi um homem determinado com o ideal claro de ajudar o próximo.

Biblicamente falando, Glorieux  inspirou-se na figura do bom samaritano (Lc 10, 25-37) que ao ver a realidade, sente compaixão e começa a agir, confiando na providência divina. Portanto, todas as suas ações pautavam-se nas obras de misericórdia encontradas na Bíblia (Mt 25, 35-45): “eu estava com fome, e me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em casa, eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e foram me visitar”.